Assembleia de Deus e os imigrantes haitianos

Assembleia de Deus e os imigrantes haitianos
08/10/2014

 
“[...] amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito” (Lv 19.34).

 
Milhares de haitianos têm chegado ao Brasil todos os meses. Motivados por políticas públicas que garantem, aos legalmente cadastrados, direito de permanência em solo brasileiro, muitos encontraram em nosso País a oportunidade de constituir uma nova realidade de vida. Sobreviventes de um terremoto que matou mais de 200 mil pessoas em 2010 – deixando outras centenas de milhares em um terrível caos econômico, social e emocional, os haitianos que aqui chegam procuram um recomeço: uma nova história para si e para os muitos que, impedidos de vir pela falta de recursos, deles dependem.

Como em todo processo imigratório, algumas dificuldades surgem, quer seja da parte dos que chegam – os haitianos, como daqueles que os recebem – os brasileiros. Os haitianos enfrentam a desconfiança, a adequação a uma nova cultura e problemas de comunicação – poucos falam Português. Por sua vez, os brasileiros convivem com o desconhecido, com incertezas e a preocupação em relação ao contingente de haitianos que ainda estaria por vir.  De fato, essas são questões pertinentes que merecem aprofundamento, contudo, enquanto realidade presente, frente a um país cada vez mais globalizado, este quadro de imigração parece refletir a condição de uma nação em desenvolvimento, que abarcará, a exemplo de outros países desenvolvidos, ainda outros povos e culturas.

Reconhecida como importante polo industrial em franco desenvolvimento, Joinville vêm sendo o destino de muitos haitianos – já são mais de 1.100 residentes. Estes, e os que ainda hão de chegar, representam para a cidade um grande desafio de integração social, econômica, cultural e, não menos importante, de integração religiosa e espiritual. Principalmente em relação às igrejas cristãs, matriz religiosa de grande parte dos imigrantes haitianos, o desafio se faz também como uma grande oportunidade: a oportunidade de lhes pregar o evangelho, de demonstrar-lhes nossa hospitalidade em atitudes de acolhimento e amor e, de outro modo, a oportunidade de aprender com eles uma distinta expressão de fé e louvor.

De fato, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Joinville tem convivido com este desafio que transformasse diariamente em novas oportunidades. Procurando cumprir o ideal bíblico (Lv 19.34), a IEADJO tem aberto as portas para os imigrantes haitianos, propondo-lhes espaço e mecanismos para sua total integração. Curso de Língua Portuguesa, assistência jurídica e social, encaminhamento empregatício, discipulado, distribuição de Bíblias, espaços específicos de culto e apoio espiritual, são alguns exemplos de ações voltadas para nossos irmãos e amigos estrangeiros.
Como fruto destas ações, temos visto a ação de Deus na integração e no crescimento espiritual e numérico dos haitianos que servem a Jesus em nossas igrejas. A título de exemplo, fazemos menção da recém-inaugurada Congregação “Brasil\Haiti” (Setor 46), igreja constituída a partir do projeto evangelístico “Culto Brasil\Haiti”. Tendo iniciando com 18 haitianos no mês de fevereiro, o culto Brasil\Haiti – realizado na Congregação de Bucarein (Setor 46) – transferiu seus trabalhos para um local próprio, congregando agora mais de 80 haitianos para a glória de Jesus. A proposta da Congregação Brasil\Haiti é possibilitar espaço para uma liturgia peculiar, fundamentada no idioma, espiritualidade e cultura haitiana. Congregação Brasil\Haiti: Rua Vidal Ramos, 415 – Guanabara; Informações (47) 9706.3680 (Pr. Anderson Nunes – Setorial do Setor 46).

“Amar o Estrangeiro” (Lv 19.34), reconhecendo que para Deus “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl 3.28). Considerar todos iguais, sem fazer “acepção de pessoas” (Rm 2.11): Este é o desafio e a oportunidade da Igreja brasileira em nosso tempo. Como peregrinos e estrangeiros que (também) somos (I Pd 2.11), devemos considerar a realidade dos imigrantes haitianos. De outro modo, frente aqueles que já servem ao Senhor, consideremos: Somos todos cidadãos de uma mesma pátria – “[...] concidadãos dos santos, e da família de Deus” (Ef 2.19). Deus abençoe a nós todos.

Culto Brasil\Haiti 
Acesse:

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Comentários

Deus abençoe os irmãos do Haiti, em fim, todos os Haitianos,e também o Presbítero Alinor Santos pela dedicação e empenho nesse trabalho maravilhoso! Deus Seja Louvado.... também
Enviado por Anônimo (não verificado) -

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