​Um novo homem, um novo andar!

​Um novo homem, um novo andar!
12/11/2021

E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente.
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo.
 Efésios 4.17-20

Não devemos andar como o homem natural, vv. 17 a 19.
Que é o homem natural? É o gentio não regenerado. O homem natural é todo aquele que está sob a égide da natureza pecaminosa. “Andar na vaidade do seu sentido”, significa andar e viver na futilidade e sem propósito na vida. A vaidade da inteligência humana faz com que a pessoa subestime e viva distanciada dos valores éticos, e, portanto, entregue as paixões da sua carne. A Bíblia mostra, aqui, nos versículos 17 e 18, que uma mente vaidosa leva a um raciocínio tenebroso e um coração endurecido. O homem natural é o típico gentio sem Cristo não convertido, confira em Romanos 1. 21 a 32.

Devemos nos despojar do velho homem, vv. 20 a 22.
O v. 20 começa reprovando as atitudes do homem natural e diz: “vós não aprendeste assim a Cristo". Isso significa que como crentes temos uma nova ordem de vida. As essências dos ensinos de Cristo também estão nos ensinos de Paulo e dos demais apóstolos inspirados pelo Espírito Santo.

O novo andar é o santo viver como nova criatura em Cristo.
É um despojamento total da velha vida, do velho andar, v.22. A palavra “despojar” significa “despir”, “desapossar”, privar da posse. No novo andar, velhos andrajos do pecado não tirado, ou seja, a velha natureza pecaminosa é despida dos velhos hábitos para uma nova vida.

Devemos nos revestir do homem espiritual, vv. 23 e 24. A linguagem é metafórica na expressão do novo homem, pois fala do novo vivendi do crente redimidos por Cristo Jesus. Esse novo homem agora se manifesta na vida e no caráter cristão. Ele é renovado pela ação poderosa do Espírito Santo, de todo o passado de condenação e ruína. Essa renovação implica viver uma nova vida, veja em Efésios 2. 10 e 15 e também II Coríntios 5. 17. Devemos andar em verdadeira e santidade, v. 24.

O novo homem é uma nova criação segundo Deus.  Não se trata de criação física, e sim espiritual, Jo 3. 3 a 6. Todos os sinais da velha criatura do velho homem, foram desfeitos na cruz para que o novo convertido viva uma nova vida em Cristo.

O novo homem é o crente regenerado pelo espírito Santo. Aqui entendemos a aplicação das Duas características de Deus: a justiça e a santificação.  Quando o pecador é regenerado, pelo Espírito Santo na conversão, ele é criado “segundo Deus”, isto é, a semelhança de Deus em justiça e santidade.

O novo homem não vive mentindo, v. 25. O verbo, “deixar” tem a mesma conotação do verbo “despojar” do v. 22.  A mentira não é própria da nova vida em Cristo, que no original grego mentira, aparece como pseudo, pode significar qualquer tipo de desonestidade ou falsidade proferida ou vivida.   A mentira é própria do velho homem. A vida do novo homem é gerada em “verdade”, por isso devemos falar apenas a verdade.

O novo homem não vive se irando, v. 26. “Irai-vos, e não pequeis”, é uma expressão que deve merecer nossa atenção.   Sabemos que a “ira”, é uma obra da carne, veja em Gálatas 5. 20; Porque então a Bíblia diz; “irai-vos”? Isso parece um paradoxo. O Sentido permissivo para a ira pode significar na vida do novo homem uma forma de reação contra qualquer tipo de pecado que afete a nova vida.  Quando somos tentados reagimos com ira contra as insinuações do adversário, “irai-vos”, não com o tipo de ira acionado pela carne, mas “irai-vos” naturalmente contra tudo que possa ofender a santidade de Deus.

O novo homem não abre espaço para o diabo, v. 27. “Não deis lugar ao diabo”, este versículo está ligado diretamente ao v. 26; que fala da ira.  Se dermos lugar à ira, isto é, se permitimos que a ira surja em nossos sentimentos, facilmente estaremos abrindo as portas para o diabo entrar em nossa vida, confira em II Coríntios 2. 10 e 11 e I Pedro 5. 8.  São muitas as brechas que abrimos em nossa vida emocional, física e espiritual pata a entrada do diabo.  Devemos sempre fechar essas possibilidades com a meditação e o estudo da Palavra de Deus. 

O novo homem não pratica as coisas da velha vida, vv. 28 e 29. Práticas negativas do velho homem não faz diferença entre o certo e o errado. Como nova criatura em Cristo às vezes praticamos certas coisas erradas que não aparecem em manchetes, mas que se constituem em pecados que afetam a nossa vida espiritual.  Furtar nas arrecadações legais do governo, deixar de dar os dízimos e ofertas na casa de Deus, não fogem a responsabilidade de apropriação indébita, Malaquias 3. 8 a 10, em Romanos 13.7 e Êxodo 20. 15.

Outra pratica negativa que não deve estar no cotidiano do crente é o uso de “palavras torpes”, v. 20.
O que é uma palavra torpe? É toda palavra impudica, indecente obscena, asquerosa, etc. A linguagem do novo homem em Cristo deve ser pura, simples e sem malicia. Crentes há que são flagrados proferindo palavras torpes e outras igualmente repugnantes.

O novo homem não entristece o Espírito Santo, v. 30; O Espírito habita no crente, no novo homem, e pode ser ofendido com atitudes impuras do cristão. O texto diz que “fomos selados com o Espírito Santo para o dia da redenção”.  Esse selo é a marca de propriedade que impede que satanás interfira nem rasure a vida espiritual.   O dia da redenção defere-se à redenção do nosso corpo de pecado que acontecerá na vinda do Senhor.  A redenção tem um aspecto passado porque diz respeito ao que Jesus realizou no Calvário.  Tem um sentido presente porque refere a contínua libertação do poder do pecado que opera em nossa. E finalmente, a redenção tem um aspecto futuro, que é esperança da glória, a libertação plena do corpo de pecado e a conquista de um novo estado para um corpo espiritual, confira também em I Co 15. 51 a 53.

O novo homem evita os pecados que magoam o Espírito Santo, v. 31. Todas as manifestações pecaminosas, como “amargura, ira, cólera, gritaria, blasfêmia e toda malícia”.  São aquelas ações próprias do velho homem que não deve interferir na “nova vida”.  Atitudes de amarguras não combinam com a natureza amorosa do Espírito Santo. A amargura torna as pessoas amargas em seus relacionamentos, e as torna duras e insensíveis para a operação de Deus. “Iras, cóleras, gritaria” são atitudes que sempre andam.  Ódios profundos, arraigados no coração contra pessoas, provocam essas manifestações negativas.  As blasfêmias referem-se à palavras injuriosas, que ferem a moral das pessoas e que produzem grandes dissabores.  A malicia está ligada diretamente ao diabo, veja em Romanos 1. 29 e Colossenses 3. 8.

O novo homem procura desenvolver as qualidades próprias do crente, v 32. “Antes sede uns com os outros benignos, misericordiosos perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Na verdade, quem nasce do Espírito, tem as características do Espírito." Qualidades como benignidade, misericórdia e perdão são indispensáveis ao cultivo da vida cristã.

Vivamos um novo homem, tenhamos um novo andar.
Amem!!!

Pelos laços do Calvário!

*Pr. Adair Afonso Tourinho
Pastor Auxiliar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Joinville/SC, IEADJO, Técnico em contabilidade, Jornalista, Escritor, Bacharel em Teologia e Mestre em Ciência da Religião. Palestrante em seminários de lideranças, obreiros, casais, educação cristã e Professor de diversas matérias teológicas.

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Demétrio Daniel dos Santos Ferreira
Obreiro da IEADJO, Locutor na Rádio 107,5 FM. Jornalista - MTB SC 6144 JP

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