Conversa Afinada: Principais notícias da semana

Conversa Afinada: Principais notícias da semana
02/07/2021

 

Família é intoxicada ao tentar aquecer a casa com carvão no Planalto Norte de SC

Uma família foi intoxicada enquanto dormia na madrugada desta sexta-feira (2) em Rio Negrinho, no Planalto Norte de Santa Catarina. Eles usaram um recipiente com carvão queimando dentro da casa toda fechada para aquecer o ambiente e quase causaram uma tragédia.

O caso aconteceu por volta das 3 horas no bairro Industrial Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros Militares, o que salvou a família foi que um dos integrantes acordou e caiu na hora de levantar por causa da intoxicação. Com isso, alertou os outros três para acordarem.

De acordo com os bombeiros, com o uso do carvão houve a queima de oxigênio e a contaminação do ar, causando a intoxicação. Alguns dos familiares já estavam com sintomas de asfixia quando se deram conta da situação.

A mulher de 50 anos apresentava queixa de falta de ar, dores no corpo e ansiedade. Já o marido, de 49 anos, não relatou queixas aos bombeiros.

Também estavam na casa dois adolescentes, de 12 e 17 anos. O mais novo disse sentir de tontura e náusea, enquanto a irmã mais velha apresentava taquicardia, dor de cabeça, tontura e relato de desorientação no momento em que acordou.

Os pacientes foram atendidos no local pelos bombeiros e levados para o pronto-atendimento. Todos estavam conscientes e orientados. (NSCTotal).

Estátua de 'tainha gigante' é construída em praia no Norte de SC

O peixe mais tradicional da pesca no litoral catarinense recebeu uma homenagem de grandes proporções em Balneário Barra do Sul, no Norte do Estado, entre São Francisco do Sul e Barra Velha. Uma estátua gigante representando uma tainha foi erguida e será inaugurada nas próximas semanas na praia da Boca da Barra.

O monumento tem quase 7 metros de altura e foi encomendado pela prefeitura de Balneário Barra do Sul para homenagear o peixe que movimenta a economia pesqueira do município e é tão tradicional na mesa dos catarinenses.

A estátua gigante está pronta e depende apenas de alguns detalhes no deck ao redor para ser entregue aos moradores. Vale lembrar que é também em Balneário Barra do Sul que ocorre a Festa da Tainha, evento que integra o calendário oficial de SC desde 2017. (NSCTotal).

Joinville registra quarta morte por dengue em 2021

Joinville confirmou a quarta morte por dengue quinta-feira (1).  A vítima foi uma mulher de 79 anos, moradora da zona Leste da cidade, que teve complicações do quadro de saúde após ser infectada pelo mosquito Aedes aegypti.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a mulher tinha histórico de comorbidades, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão, cardiopatia e câncer de mama. A morte aconteceu em 1º de maio no Hospital Municipal São José.

Até 2021, Joinville nunca havia registrado mortes por dengue na cidade. O primeiro óbito da história aconteceu no fim de abril e foi confirmado em 7 de maio. A segunda vítima era moradora do bairro Floresta e morreu no início de maio. Já a terceira morte aconteceu em 13 de maio, quando uma mulher de 33 anos morreu por dengue.

Dados atualizados nesta quinta-feira mostram que a cidade já teve 14.315 casos confirmados de dengue apenas em 2021. Outros 2,5 mil estão em investigação pela Secretaria da Saúde.

A orientação da Vigilância Ambiental é que os moradores façam frequentemente vistorias rápidas nos terrenos para eliminar possíveis focos do mosquito. Qualquer item que acumule água pode ser um criadouro para as larvas. (NSCTotal).

Vacinas vencidas de Covid-19 podem ter sido aplicadas em 50 cidades de SC

Um levantamento feito apontou que quase 26 mil doses da vacina AstraZeneca foram aplicadas no país fora do prazo de validade – o que invalida a imunização. Na lista há 63 cidades de Santa Catarina.

A Secretaria de Estado da Saúde acompanha caso. Por enquanto, o Estado trabalha com a hipótese de que tenha ocorrido um erro de registro. Nesse caso, as vacinas estariam válidas.

Em todo o país, 1.532 municípios teriam aplicado as doses fora do prazo de validade.

A cidade catarinense com mais registros, de acordo com o levantamento da Folha, é São Francisco do Sul.

 Ali, teriam sido aplicadas fora do prazo de validade 142 vacinas do lote CTMAV505, que venceu em 31 de maio.

 As aplicações são registradas em dois postos de saúde: Rocio Pequeno, onde teria sido aplicada uma dose, e outras 141 no posto Vila da Gloria.

A lista de cidades catarinenses com mais registros de aplicação de doses vencidas, de acordo com a Folha de S. Paulo, inclui Tubarão (104), Camboriú (55), Criciúma (48), Chapecó (44), Canelinha (36), Anitápolis (30), Santo Amaro da Imperatriz (24) e Jacinto Machado (20). Os demais municípios têm menos de 20 registros. A maioria, menos de cinco.

O Plano Nacional de Imunização estabelece que, em caso de aplicação de vacina fora do prazo de validade, o paciente deve ser imunizado novamente em um prazo de 28 dias. Segundo Eduardo Macário diz que situações assim são consideradas “erros de administração”.

As vacinas que, de acordo com o levantamento, foram aplicadas fora do prazo de validade, vieram do laboratório Serum, na Índia, e do consórcio Covax, via Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Em nota, o Ministério da Saúde informou que acompanha o prazo de validade das vacinas com rigor, e que a orientação a estados e municípios é para distribuir as doses o mais rápido possível. (NSCTotal).

Campanha de vacinação contra a gripe encerra nesta semana

Com encerramento previsto para o dia 9 de julho (sexta-feira), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe em Joinville ainda está com baixos índices de adesão.

Das 194 mil pessoas que fazem parte dos grupos contemplados pela campanha, pouco mais de 90 mil foram imunizadas, o que representa 46,6% do público.

De acordo com os números da Secretaria da Saúde de Joinville, todos os grupos continuam com baixa cobertura vacinal, o que representa preocupação, principalmente pela chegada do inverno, quando as baixas temperaturas favorecem o surgimento de doenças respiratórias.

Os piores desempenhos ainda estão nos grupos das pessoas com deficiência (1,9%), pessoas com comorbidades (41,6%), puérperas (43,3%), professores (48,7%) e forças armadas (19,3%).

Até o momento, os grupos que ultrapassaram os 50% de cobertura foram os dos trabalhadores da saúde (58,1%), das gestantes (57,8%), crianças até 5 anos (53%) e pessoas com 60 anos ou mais (52%).

A população privada de liberdade (cuja cobertura atual é de 1,9%) deverá ser imunizada ainda na próxima semana, respeitando o intervalo de 15 dias, necessário após a vacinação contra a Covid-19.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Imunização de Joinville, Nicoli dos Anjos, o apelo é para que todas as pessoas pertencentes aos grupos contemplados pela campanha tomem a vacina. Especialmente as crianças até cinco anos e as pessoas com 60 anos ou mais, públicos mais suscetíveis à gripe, nesse período.

Vale destacar que mesmo as pessoas que já tomaram a vacina contra a Covid-19, devem tomar a da gripe, respeitando o intervalo de 15 dias entre um imunizante e outro.

Em Joinville, a imunização contra a gripe continua sendo realizada em todas as Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs) ou na Sala de Vacinação da Vigilância em Saúde, que fica na rua Abdon Batista, 172, Centro. Consulte a relação completa das UBSFs no link bit.ly/ubsfjlle.

Ministério da Saúde quer encerrar uso da CoronaVac no país

Está em andamento no Ministério da Saúde a criação de um plano de ação para vetar o uso da CoronaVac no Brasil.

O ministro Marcelo Queiroga acredita que o imunizante tem eficácia baixa e alega a interlocutores que existem muitos casos de pessoas que tomaram o imunizante e foram infectados mesmo após as duas doses.

De acordo com fontes no governo, Queiroga pretende encerrar contratos de compra da vacina produzida pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

A intenção seria adquirir apenas as doses que já foram contratadas, e reforçar aquisições das vacinas da Astrazeneca e da Pfizer.

No entanto, o governo esbarra na dificuldade em adquirir mais doses. Uma outra solução pode ser a ButanVac, imunizante brasileiro que está sendo testado e pode ser aprovada no segundo semestre.

Os estudos durante a fase de testes da CoronaVac apontaram eficácia global de 50,38%, que pode chegar a 100% para evitar internações e mortes.

O que incomoda Queiroga é a baixa proteção em idosos. Um estudo denominado Vaccine Effectiveness in Brazil Against Covid-19 apontou que a eficácia geral para quem tem mais de 80 anos está em torno de 28%.

A CoronaVac também está no centro de uma disputa política entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Dória.

O chefe do executivo paulista é o responsável por apoiar o desenvolvimento da vacina, as pesquisas e pela comunicação com a China para o fornecimento de insumos, o que desagrada os planos eleitorais do presidente. (Correio Brasiliense).

Pandemia de Covid-19 derruba expectativa de vida dos brasileiros em 1,8 ano

A pandemia de coronavírus fez o brasileiro perder 1,8 ano na média de expectativa de vida.

O estudo realizado pela demógrafa Márcia Castro, da Universidade de Harvad, avaliou a média em que os brasileiros nascidos agora devem viver, caso os índices permaneçam semelhantes aos atuais.

O número, que era de 76,74 anos em 2019, caiu para 74,96 anos em 2021. Segundo a pesquisa, o dado mostra um retrocesso de uma década na evolução demográfica do Brasil. Ou seja, é como se o brasileiro tivesse a mesma expectativa de vida de 2012.

Dados apontam ainda algumas especificidades com relação a gênero e região. Nas regiões mais atingidas pela Covid-19, como o Norte, por exemplo, a queda foi ainda maior.

No Amazonas, onde o sistema de saúde entrou em colapso, a expectativa média de vida caiu 4,4 anos.

 De acordo com os índices avaliados, os homens são os que mais sofrem os impactos dessa redução.

Os pesquisadores afirmam que o descontrole na pandemia, falta de organização e demora na vacinação são fatores que contribuem para esses resultados e dizem temer dificuldade na reversão do cenário.

Brasil perdeu 1,94 ano de expectativa de vida na pandemia, diz estudo

A epidemia de Covid-19 já fez com que os brasileiros perdessem 1,94 ano na expectativa de vida ao nascer, e em alguns Estados essa piora passa de 3 anos, de acordo com um estudo liderado pela pesquisadora brasileira Márcia Castro, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard.

A pesquisa foi publicada no site Medrxiv, onde são apresentados estudos em pré-publicação da área de saúde, e mostra que, apenas com os dados de mortalidade pela Covid-19 em 2020, a redução na expectativa do brasileiro pode passar de 3 anos em cinco unidades da Federação.

A maior delas, o Distrito Federal que, apesar de ter a maior renda per capita do país, perdeu 3,68 anos.

A região Norte do país tem a pior situação. Lá, a população de três dos sete Estados — Amazonas, Roraima e Amapá —perdeu mais de três anos na expectativa de vida.

"Na média, as maiores quedas na expectativa de vida foram observadas nos Estados do Norte, e as menores, no Sul e no Nordeste. Os Estados do Norte e do Nordeste tem os piores indicados de desigualdade de renda, pobreza, acesso à infraestrutura, disponibilidade de médicos e leitos de hospital", diz o estudo.

"No entanto, no Nordeste as estimativas de queda são menores. Os governadores desses Estados impuseram as medidas mais rigorosas de distanciamento, em oposição direta às recomendações do presidente (Jair Bolsonaro)."

O estudo de Castro não incluiu ainda os dados da epidemia de 2021, quando a situação no Brasil piorou muito e as mortes bateram recordes diários. Entre 31 de dezembro de 2020 e domingo agora, o número de mortes pela Covid-19 no país passou de 195.072 para 373.335, um aumento de 91,4%, o que deve ter novo impacto na expectativa de vida este ano.

As perdas pela Covid-19 vão levar a uma queda na expectativa de vida do brasileiro pela primeira vez desde a década de 1940. Entre 1945 e 2020, a expectativa de vida ao nascer aumentou constantemente de 45,5 anos para 76,7 anos, sem registrar qualquer reversão.

De acordo com o estudo, a Covid-19 fez esses índices regredirem para os registrados em 2013. Dos ganhos registrados nas últimos duas décadas, mais de um quarto se perdeu no primeiro ano da epidemia.
 
Os pesquisadores consideraram, nesse cenário, apenas as mortes registradas como causadas pela epidemia. No entanto, houve um aumento nos números nas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave sem diagnóstico definido.

"Assumimos que, durante a epidemia, 90% das mortes por SRAG sem diagnóstico confirmado foram, causadas pela Covid-19. Neste cenário, a queda na expectativa de vida ao nascer estimada para o Brasil seria de 2,52 anos, sendo 2,37 anos para mulheres e 2,56 anos para homens", apontam os pesquisadores.

O estudo ressalva que quedas na expectativa de vida são normalmente registradas durante períodos de exceção, como guerras e grandes epidemias, mas costumam se recuperar rapidamente quando a situação volta ao normal. Nos Estados Unidos, por exemplo, a expectativa de vida caiu entre 7 e 12 anos em 1918, ano da epidemia de gripe, mas em 1919 já estava maior do que em 1917. (exame.com).
 

Por Ilze Moreira - Jornalista 

Conversa afinada é um programa de cunho jornalístico que vai ao ar pela Rádio 107,5 Fm, toda sexta-feira das 17h às 18h, e traz um resumo das principais notícias da semana. 

Demétrio Daniel dos Santos Ferreira
Obreiro da IEADJO, Locutor na Rádio 107,5 FM. Jornalista - MTB SC 6144 JP

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