É Natal. O Natal existe por que “Deus amou o mundo de uma tal maneira [...] ” (Jo. 3:16) que nos deu Jesus, inaugurando Nele, um novo tempo, um novo relacionamento, uma nova condição. Os que vivem em Cristo são os que experimentam o verdadeiro espírito natalino, pois reconhecem, gratos, o fruto de Seu amor divino.
Como seus filhos, filhos por adoção mediante o vicário sacrifício de Cristo (Jo. 1:12), somos chamados a Sua mesa. Não uma mesa recheada de exóticos manjares, mas uma mesa singular, uma ceia singular: A mesa da comunhão. A celebração do Natal aponta para o Outro, para o Próximo, para aquele que também foi amado por Deus. De fato, Cristo nasceu por todos, fazendo-se Homem para substituir, na cruz, a todos os Homens. Viver o Natal não é isolar-se, mas buscar a comunhão... Aproximar-se.
O Natal aponta para o fato de que Deus cumpre suas Promessas. Deus é um Deus Zeloso, e Nele não há sombra de variação (Tg. 1:17). No início da história escrita, ainda na esfera adâmica (Gn. 3:15), Deus prometeu que da semente da Mulher surgiria Um que esmagaria a cabeça da Serpente (destruiria as obras das trevas). Esta promessa, sofrendo incontáveis contra-investidas do Diabo, esteve sempre à soberana destra de Deus; isto por que, nenhum dos planos de Deus podem ser impedidos (JÓ. 42,2). Cristo nasceu, dando-nos prova de que nada, nem ninguém, pode apagar uma real promessa.
É possível que, motivados pela força midiática, alguns considerem que seu Natal não seja o “Natal dos Sonhos”. Talvez as coisas não tenham saído do jeito que imaginamos. De fato, parece ser esta a marca do verdadeiro Natal: O Natal vivenciado no nascimento de Cristo vem na contramão de muitas de nossas expectativas. Os Judeus esperavam que Cristo (MESSIAS) nascesse em um Palácio, rodeado de pompa e nobreza, legitimando uma histórica intervenção religiosa e política; contudo não foi assim. O Filho de Deus nasceu em uma estrebaria, na companhia de Pastores e seus pastoreados, em um ambiente bem aquém do esperado. O verdadeiro Natal independe da estrutura física ou material, não é algo da esfera econômica, artificial ou particular: O Natal é Cristo, e Ele está disposto a nascer todos os dias em nossos corações.
É Natal. Tempo de agradecer a Deus pelo seu amor e cuidado. Tempo de renovar nossas esperanças e crer que as promessas de Deus sempre se cumprirão. É tempo de se aproximar, de amar e também perdoar. Tempo de vivenciar o nascimento de Cristo em nossas vidas, na nossa família em nossa geração. Para isso não precisamos construir suntuosos castelos... Onde houver pessoas humildes dispostas a recebê-lo, certamente ele ali nascerá. Feliz Natal.
Comentar