“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”. (Lucas 15.8-10)
A dracma era uma antiga moeda grega de prata que pesava 3,4 gramas. Na época, ela valia o equivalente a uma diária de um trabalhador braçal. Ao que tudo indica, a mulher descrita nesta parábola de Jesus era uma camponesa pobre e as dez moedas de prata, correspondentes a dez dias de salário, certamente representam a poupança da família. Estas moedas também eram comumente dadas como o dote de casamento para as mulheres, que nas bodas as vestiam como um ornamento.
Para a mulher da parábola, essa dracma perdida era muito valiosa. Além do valor monetário, existia o valor sentimental, porque era a lembrança do seu casamento, e era valiosa pela honra, representando o seu valor como pessoa, pois só as mulheres livres recebiam o dote de seus pais.
Quando ela percebeu a falta da dracma, sentiu uma profunda tristeza que a levou a tomar algumas atitudes: ela acendeu a candeia (iluminou o ambiente), varreu a casa (tirou os móveis do lugar e limpou o ambiente) e buscou com diligência (procurou insistentemente). Ao encontrar a dracma perdida, ela convidou suas amigas e vizinhas para celebrar com ela a alegria da recuperação. Ainda que aquela moeda valesse pouco aos olhos dos demais, para ela era objeto de amor, preocupação e busca intensa.
Nesta parábola, Deus é representado nesta mulher, que busca a dracma perdida, que representa o pecador. Temos aqui uma revelação do amor de Deus. Para Ele uma alma vale mais do que o mundo inteiro (Marcos 8.36). Nós, obreiros da seara do Senhor devemos ser representantes e imitadores de Deus. Cada perdido deve ser alvo do nosso amor incondicional. Assim como Jesus, devemos priorizar as pessoas, em detrimento das nossas ocupações, agendas carregadas e compromissos importantes, pois as pessoas são a prioridade de Deus, e foi para isso Ele nos chamou.
Como resgatar a dracma perdida na prática?
- Note a falta da dracma – note a ausência dos irmãos que não estão mais frequentando os cultos. E olhe ao seu redor e veja onde estão os perdidos da sua região.
- Acenda a candeia do AMOR – peça para o Senhor te encher de amor e compaixão pelos afastados e perdidos, tendo o mesmo sentimento de Cristo por eles.
- Acenda a candeia da ORAÇÃO – ore com a Igreja para que o Espírito Santo quebrante os corações dos pecadores e os prepare para receber a palavra da reconciliação.
- Varra a casa – desenvolva uma estratégia para buscar a dracma perdida. Em Joinville adotamos o “Projeto da Reconciliação: Onde está o seu irmão?” como estratégia para buscar os afastados, e centenas de deles já foram resgatados nos “Cultos do Amigo”.
- Busque com diligência até a achar – procure e continue procurando com intensa determinação, onde quer que estejam (bares, boates, ruas ou atolados em profunda indiferença). O trabalho de buscar a dracma perdida não é apenas um evento, mas um Projeto contínuo.
- Alegre-se quando a encontrar – Deus recompensará o seu trabalho com o fruto desta busca maravilhosa: salvação e reconciliação de vidas. A partir daí, continue cuidando desta dracma resgatada através do DISCIPULADO.
Querido companheiro, coloque a busca da dracma perdida como PRIORIDADE, pois esta é a essência do vosso chamado. De seu amigo de sempre, Pr. Sérgio Melfior.
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